Escrevi este texto pensando nas pessoas que se sentem desconfortáveis ao encontrar alguém que não veem há muito tempo — e que, aparentemente, não fez nada para melhorar a qualidade de vida.
Outro dia, conversei com uma moça que disse estar prestes a se separar, mesmo reconhecendo que o marido é um homem dedicado à família, ótimo pai e companheiro de todas as horas.
Fiquei intrigada, pensando na possibilidade de ser uma questão de sintonia no sexo. Mas, como se adivinhasse meus pensamentos, ela logo disse que ele era um amante caliente.
Gente, por favor... então qual é a causa?!
Perguntei se ela não estaria se precipitando ou analisando a situação sob um ponto de vista distorcido, e sugeri que refletisse melhor e conversasse com ele.
Para minha surpresa, ela respondeu que o único motivo para pensar em separação era a profissão do marido. Ele é faxineiro em um edifício, e uma amiga dela casou com um médico. Segundo ela, o marido não passaria do ensino médio, já que chegava em casa muito cansado todos os dias para estudar.
Esqueci de mencionar que, além de ser faxineiro, ele também trabalha como porteiro à noite em outro condomínio, em regime de escala 12x36.
Entendam: não estou julgando. Apenas esse encontro me levou a refletir sobre essas questões — sobre como, muitas vezes, o valor de uma pessoa é medido por padrões externos, e não pela dedicação, caráter ou amor que oferece.
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